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Presidente do Equador adverte juízes e promotores em conflito contra o tráfico de drogas e revela planos de deportação
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FolhaDestra Mande um e-mail18 horas atrás
- PORTAL BR4875 | Ed Sérgio Oliveira – SP/BR
- NAZARÉ PAULISTA (ATUALIZA | quarta-feira – 18/01/2024 | 23h51)
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No início do conflito contra 22 grupos de tráfico de drogas no Equador, o chefe de estado, Daniel Noboa, fez um aviso severo: “Vamos considerar juízes e promotores que apoiarem os líderes identificados desses grupos terroristas também como parte do grupo terrorista”. Em entrevista à Rádio Canela, ele admitiu que o país vive um “momento muito duro” . Durante uma entrevista à Rádio Canela, Noboa reconheceu que o país está passando por um “período extremamente difícil”, prometeu “defender os cidadãos” e revelou planos para deportar 1.500 prisioneiros estrangeiros, incluindo peruanos, colombianos e venezuelanos. Um decreto de Conflito Armado Interno, assinado anteriormente, permite às Forças Armadas a permissão para “neutralizar” o tráfico de drogas.
De terça-feira (9/1) a quarta-feira (10), os soldados eliminaram cinco “terroristas” e realizaram 329 detenções. Enquanto isso, criminosos ainda estão espalhando medo, resultando na morte de 14 pessoas por meio de ataques armados. Em cinco prisões, 130 funcionários e guardas prisionais estão sendo mantidos como reféns.
A onda de violência em Guayaquil, onde três indivíduos foram achados queimados dentro de um veículo na manhã de quarta-feira e um estúdio de televisão foi atacado por indivíduos mascarados na noite anterior, assim como em outras cidades, fez com que a Colômbia reforçasse a segurança na fronteira com o Equador. As medidas de controle foram ampliadas no departamento de Nariño. Além disso, o Peru enviou mais de 500 militares, helicópteros e drones para fortalecer a sua fronteira de 1,4 mil quilômetros com o país, e ainda declarou estado de emergência na região.
Intervenção direta
Wagner Bravo, que ocupou o cargo de Secretário de Segurança Pública do Equador em 2023 sob a administração de Guillermo Lasso, expressou sua concordância com a necessidade de fortalecer as instituições. Ele apontou a administração de Rafael Correa como responsável por desestruturar o Estado. Segundo Bravo, O crime organizado se enraizou em todas as esferas da sociedade, como a política, a militar, a judicial e o Ministério Público.”
“A contrapartida de Noboa foi identificar políticos, policiais, promotores e juízes envolvidos com facções e colocá-los à vista do público. Se ficar provado que têm nexo com o crime organizado, eles têm que ir para a cadeia”, ressaltou Bravo.
“A situação chegou a esse ponto por vários motivos: a permissividade com que as autoridades trataram esses grupos e cartéis durante o governo de Rafael Correa; a expulsão da base norte-americana de Manta e a ruptura na ajuda que os EUA concediam no combate ao narcotráfico; a inoperância dos governos posteriores para enfrentar o problema; a crise econômica e a falta de emprego, que empurram jovens aos grupos delinquentes; e a tolerância com a corrupção, que permitiu que o narcotráfico penetre na institucionalidade do país, entre outras causas.” – Arturo Moscoso, diretor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidad Internacional de Ecuador (UIE). As informações são do Correio Braziliense.
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