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Integrante do Gaeco, Lincoln Gakiya foi responsável pelo pedido que transferiu líderes da facção para presídios federais
- BRASÍLIA | Carlos Eduardo Bafutto, do R7, e Marc Sousa, da Record TV
- 22/03/2023 – 12H49 (ATUALIZADO EM 22/03/2023 – 13H02)
- –PORTAL BR4875 | Sérgio Oliveira –SP/BR
- (ATUALIZA – Qua, 22 mar, 2023 – 13h29)
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Um dos alvos do grupo suspeito de planejar atentados contra autoridades e servidores públicos, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya foi responsável pela maior investigação sobre o PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior facção criminosa do Brasil. A investigação que descobriu os planos do grupo começou após ameaças a Gakiya.
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Integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Presidente Prudente (SP), o promotor foi responsável pelo pedido de transferência de Marcos Camacho, o Marcola, e de 21 membros da cúpula da organização para presídios federais. O pedido veio depois que um suposto plano de resgate de Marcola foi descoberto pela Polícia Civil e Ministério Público de São Paulo.
Em dezembro de 2018, duas mulheres foram presas pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), na saída da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Com elas foram encontradas duas cartas codificadas, com ordens da alta cúpula do PCC. As duas mulheres foram presas em flagrante. A primeira carta foi localizada dentro da bolsa de uma mulher de 45 anos. Já segunda estava dentro do veículo de uma vistante de 39 anos.
Cartas apreendidas que determinavam a execução do promotor Lincoln Gakiya
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As cartas, que foram decodificadas pela polícia, continham um suposto plano de matar um servidor da SAP (Sistema Administração Penitenciária) e o promotor Gakiya, caso a cúpula da facção fosse transferida para presídios federais. Na época, a informação foi confirmada pelo próprio promotor.
Em 2019, a polícia interceptou um novo plano para matar Gakiya. A ordem de execução foi interceptada em um bilhete escrito à mão dentro de um complexo prisional no interior de São Paulo. “Matar tanto o promotor da Gaeco e sua escolta policial”, dizia o bilhete. “Ninguém deve ficar vivo”. A carta é assinada por Gabriel Nekis, que se identifica como afilhado de Marcola, preso na penitenciária de Presidente Bernardes, em São Paulo.
REPRODUÇÃO RECORD TV
“Essa carta estava oculta no cós da calça do preso. Possivelmente, seria entregue a uma advogada para ser levada a Tony Ricardo, outro preso que cumpre pena na P2 de Presidente Venceslau, no raio 1, que era habitado por Marcola”, diz.
Operação Sequaz
Nesta quarta, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva e quatro de prisão temporária no Mato Grosso do Sul, em Rondônia, São Paulo e no Paraná. Os principais investigados estão em São Paulo e no Paraná, segundo a Polícia Federal. Até as 10h30 desta quarta-feira, nove pessoas foram presas — sendo seis homens e três mulheres —, todos em São Paulo. Os outros dois procurados com mandado de prisão expedido são do Paraná.
A operação ganhou o nome de Sequaz, que se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém. Esse nome foi dado devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações das possíveis vítimas.
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