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- BRASÍLIA | Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
- 19/08/2022 – 16H36 (ATUALIZADO EM 19/08/2022 – 16H36)
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– -NAZARÉ PAULISTA–SP/BR | (ATUALIZA – sex, 13/18/2022 – 18h14)
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Polícia Federal viu indícios de crime por parte do presidente ao afirmar que vacinas contra a Covid-19 podem desenvolver Aids
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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrou uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pedido da Polícia Federal para indiciar criminalmente o presidente Jair Bolsonaro devido à afirmação feita pelo chefe do Executivo de que as vacinas contra a Covid-19 podem desenvolver Aids.
Moraes pediu o posicionamento da PGR pois cabe ao órgão processar criminalmente o presidente da República por crime comum. A Procuradoria-Geral foi acionada pelo ministro na última quarta-feira (17).
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Em outubro do ano passado, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro declarou que “relatórios oficiais do Governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto”.
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Na mesma transmissão, ele citou um suposto estudo atribuído a Anthony Fauci, médico imunologista norte-americano, e disse que “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe de espanhola mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara.”
Inquérito
Nesta semana, a Polícia Federal finalizou o inquérito sobre as declarações do presidente e chegou à conclusão de que ele cometeu os delitos de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e incitação ao crime.
As investigações da coroporação mostraram que o texto lido pelo presidente foi elaborado pelo ajudante de ordens do gabinete da Presidência, Mauro Cid. Segundo a PF, Cid colheu as informações na internet, em reportagens e artigos, mas deturpou o conteúdo que leu e a partir daí produziu textos com informações falsas.
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“Jair Messias Bolsonaro, por sua vez, de forma direta, voluntária e consciente, disseminou as desinformações produzidas por Mauro Cid, em sua live semanal no dia 21 de outubro de 2021, causando verdadeiro potencial de provocar alarme junto aos espectadores, ao propagar a desinformação de que os ‘totalmente vacinados contra a Covid-19’ estariam ‘desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto’, e que essa informação teria sido extraída de ‘relatórios do governo do Reino Unido'”, escreveu a delegada Lorena Lima Nascimento, no relatório final da investigação.
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