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“Muita covardia”, diz parente de jovem congolês assassinado no Rio
Moïse Kabamgabe, de 24 anos, foi espancado até a morte no quiosque onde trabalhava, na altura do Posto 8, na Barra da Tijuca
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- RIO DE JANEIRO | Márcio Mendes, do R7*, com Record TV
- 31/01/2022 – 18H03 (ATUALIZADO EM 31/01/2022 – 18H56)
- AN–Portal de Notícias | NAZARÉ PAULISTA–SP
- O Chapa Quente – Por Editor: Bp Sérgio Oliveira
- ATUALIZADO – Ter, 01 de fev, 2022 | 04h48
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Os familiares do congolês Moïse Kabamgabe, de 24 anos, espancado e morto em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, cobraram justiça.
O crime aconteceu há cerca de uma semana, quando ele foi até o quiosque onde trabalhava como ajudante de cozinha para cobrar duas diárias que fez.
A PM informou que não foi acionada no local e que, no dia 24 de janeiro, agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) avistaram uma ambulância e foram verificar o ocorrido. A vítima já estava sem vida no local.
Os parentes de Moïse fizeram uma manifestação pacífica no último sábado (29), em frente ao quiosque. Eles cobraram investigações mais rígidas sobre o caso.
Em entrevista à Record TV Rio, Yannick Kamanda, parente de Moïse, falou sobre as imagens violentas a que assistiu, que foram gravadas por câmeras de segurança do quiosque.
“Muita covardia, muito sangue-frio. Para ser bem sincero, foi muita maldade.”
Ao ser questionado se os agressores tiveram motivação xenofóbica (aversão a estrangeiros), Yannick afirmou “que aquele sangue-frio que tiveram, de revezar a tortura, passando o taco de baiseball um para o outro, tem a ver com xenofobia”.
Yannick falou ainda sobre a conversa com o dono do quiosque após o crime.
“Após conversamos, o dono do quiosque levantou e foi buscar o carro para irmos à delegacia. Quando ele voltou, estava acompanhado de dois agentes da PM. Os dois mesmos agentes que aparecem no vídeo, no dia do assassinato.”
Ao comentar a ação dos policiais, ele respondeu ter se sentido pressionado e que os PMs só levaram os familiares à delegacia, mas não levaram o dono do estabelecimento. A Polícia Militar não comentou a ação dos agentes.
Yannick contou também que, após a Divisão de Homicídios recolher as imagens do quiosque, o proprietário ligou para oferecer ajuda.
Ao lembrar de Moïse, Yannick falou que era um garoto alegre e prestativo. “Ele tiraria a própria roupa do corpo, mesmo sem ter nada.”
O caso está sendo investigado pela DHC (Delegacia de Homicídios da Capital), que analisa as imagens de câmeras de segurança da região e fez uma perícia no local.
Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira
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