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Esplanada terá 14 pastas a mais em relação à quantidade atual e vai se aproximar de recorde registrado ao longo da gestão de Dilma
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- BRASÍLIA | Do R7, em Brasília
- 17/12/2022 – 16H13 (ATUALIZADO EM 17/12/2022 – 17H05)
- -NAZARÉ PAULISTA–SP/BR
- (ATUALIZA – Sáb, 17 dez 2022 –17h83)
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O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou neste sábado (17) que o governo do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá 37 ministérios. Atualmente, 23 pastas compõem a administração do governo federal.
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Ampliar a quantidade de ministérios foi uma promessa que Lula fez ao longo da campanha deste ano. Depois de eleito, aliados dele informaram que a Esplanada poderia ter entre 33 e 35 pastas. Contudo, segundo Costa, o presidente eleito decidiu finalizar a estrutura da gestão dele com 37 ministérios.
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De acordo com o futuro ministro da Casa Civil, o governo do petista não vai ampliar os gastos públicos por causa da quantidade de ministérios.
“Nós vamos buscar melhorar a representatividade, através dos ministérios, com o simbolismo onde diversos segmentos querem se ver representados no governo, sem, com isso, implicar em aumento do gasto público”, afirmou.
“Foi um pedido do presidente, que foi, ao desmembrar os ministérios, não haver ampliação de cargos. Ou seja, o custo e o volume de gastos se mantêm independente da quantidade de ministérios”, acrescentou.
Costa não anunciou o nome de todos os ministérios, mas antecipou algumas pastas, como Pesca, Cidades, Esporte e Povos Originários.
Além disso, o futuro ministro disse que o Ministério da Infraestrutura será desmembrado para dar lugar às pastas de Transportes (que ficará responsável por rodovias e ferrovias) e de Portos e Aeroportos.
Ainda de acordo com Costa, o Ministério da Economia será dividido em quatro novas pastas: Fazenda, Planejamento, Gestão e Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Até o momento, Lula já anunciou o nome de seis ministros. Além de Costa, foram confirmados Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Múcio Monteiro (Defesa), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Margareth Menezes (Cultura). O presidente eleito escolheu ainda Aloizio Mercadante como futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Perto de recorde histórico
Com 37 ministérios, Lula vai se aproximar da quantidade recorde de pastas vinculadas ao governo federal registrada no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), quando a Esplanada contou com 39 pastas.
Na avaliação de especialistas, o inchaço na Esplanada deve servir para que Lula acomode aliados políticos de outros partidos. Neste ano, o petista montou uma coligação formada por dez agremiações para concorrer nas eleições (PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante, Agir, PROS e o próprio PT). Já durante os trabalhos do governo de transição, ele convidou parlamentares de PSD, MDB e PDT para auxiliar.
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“Um dos motivos para a criação de novos ministérios é justamente acomodar aliados, sobretudo quando o presidente é eleito com uma frente tão ampla e diversificada. Ele acaba tendo a necessidade de acomodar aliados até para poder ter apoio no Congresso, que no próximo ano não será completamente favorável ao presidente”, analisa Gil Castello Branco, especialista em contas públicas e secretário-geral da Associação Contas Abertas.
Apesar de Costa afirmar que o governo não quer aumentar a quantidade de gastos com a criação de mais ministérios, existe o temor de que a iniciativa gere mais despesas. Para o economista Raul Velloso, alguns ministérios prometidos por Lula poderiam funcionar melhor se fossem apenas secretarias.
“Talvez não precisasse de tantos ministérios. Com uma secretaria, que é mais leve e menos custosa, o governo poderia dar uma roupagem que caracterizasse bem a importância de determinado tema sem precisar de uma estrutura mais pesada.”
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