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- SÃO PAULO | Do R7 – 22/05/2022 – 02H00
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-NAZARÉ PAULISTA–SP/BR | ATUALIZA – Dom, (22. mai. 2022) – 10h88
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De 13 mil profissionais, 70,2% perceberam piora na qualidade de vida, e 76,2% não se veem valorizados enquanto categoria
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Nove em cada dez enfermeiros de São Paulo se sentiram exaustos (94%), e observaram esse mesmo sentimento em colegas de trabalho (95,5%) nos últimos seis meses, revelou pesquisa realizada pelo Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), divulgada nesta sexta-feira (20).
Dos 13.267 profissionais ouvidos, entre enfermeiros, obstetrizes, técnicos e auxiliares de enfermagem, 70,2% notaram a piora na qualidade de vida, em atributos como bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, relacionamentos sociais.
O estudo, que coletou dados entre 28 de abril e 9 de maio, revelou que três quartos (76,2%) dos respondentes não veem uma valorização da categoria.
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Para James Francisco dos Santos, presidente do Coren-SP, cita o piso salarial, a jornada de 30 horas semanais e as salas de descanso como conquistas que diminuiriam, entre os profissionais, o sentimento de insatisfação.
“São pautas em discussão e que, se vigentes, poderiam favorecer a qualidade de vida e o sentimento de valorização dos profissionais de enfermagem”, avalia.
Como exemplo, menos de um quinto (17,9%) disseram receber aumento de salário – 74,3% não tiveram alteração, e 7,9%, diminuição –, enquanto aproximadamente quatro em cada dez (38,5%) relataram mais horas trabalhadas, e 26,4% perceberam piora na qualidade de trabalho.
Nesse último aspecto, são considerados o fornecimento de EPIs, a quantidade adequada de profissionais e a disponibilidade de insumos.
Perfil de trabalho
Dos trabalhadores ouvidos, um quinto trabalhava em dois empregos ou mais: 18,6% atuam em dois, enquanto 1,4% atua em mais de três trabalhos.
A renda familiar dos respondentes era de até dois salários mínimos para 32,2%, de dois a quatro salários para 41% e de quatro a dez para 23,8%. A renda dos 3% restantes ultrapassava dez salários mínimos.
Hospital (44%), pronto-atendimento (16,7%) e UBS (14,3%) são os tipos locais de trabalho mais citado.
Do total, 43,4% atuavam em instituições particulares, 35,6% em municipais, 16% em públicas estaduais e 14,8% em filantrópicas.
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