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Transferência de Marcola para presídio em RO ‘não serve à segurança pública’, diz advogado
Chefe do PCC foi transferido de Brasília para presídio federal em Porto Velho. Defesa diz que ele não oferecia risco ao sistema
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- CIDADES | Luís Adorno, da Record TV
- 03/03/2022 – 18H14 (ATUALIZADO EM 03/03/2022 – 18H14)
- AN–Portal de Notícias | NAZARÉ PAULISTA–SP / Brasil
- O Chapa Quente – Por Editor: Bp Sérgio Oliveira
- ATUALIZADO – Qui, 3 de Mar, 2022 | 18h41
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A defesa de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como principal chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), disse que a transferência dele da penitenciária federal de Brasília para o presídio federal de Porto Velho (RO) realizada na manhã desta quinta-feira (3) “não serve à segurança pública”.
“A transferência não atende aos direitos do sentenciado e nem serve à segurança pública, na medida em que não há notícias de que Marco Willians estaria conspirando contra o sistema penitenciário de Brasília”, diz a nota do advogado Marco Paiva. “A transferência prejudicará ainda mais o atendimento de saúde do sentenciado, já negligenciado na penitenciária federal de Brasília, conforme inúmeros pedidos perante o juiz corregedor da 15 vara federal
O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) informou que “as transferências de presos são medidas rotineiras e são efetivadas por indicação da inteligência penitenciária, atividade essencial para orientar a definição de estratégias de combate ao crime organizado”.
Em fevereiro de 2019, Marcola e outros 21 membros da cúpula da facção paulista foram transferidos de São Paulo para o sistema penitenciário federal. À época, ele deixou o presídio estadual paulista de Presidente Venceslau com destino a Porto Velho.
Um mês depois, em março de 2019, Marcola e outros três integrantes da cúpula foram transferidos novamente. Daquela vez, de Porto Velho para Brasília. A defesa de Marcola confirmou à Record TV a nova transferência, ocorrida nesta quinta-feira.
Preso desde julho de 1999, Marcola foi levado ao sistema penitenciário federal, em 2019, após a descoberta de um plano de resgate que poderia ocorrer em Presidente Venceslau. À frente do plano estavam Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, que estava em liberdade e era apontado como braço direito de Marcola.
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Fuminho foi preso em Moçambique em uma operação da PF (Polícia Federal) em abril de 2020. Além dele, o plano contaria com a participação de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, e Valdeci Alves dos Santos, o Colorido, que estão foragidos até hoje.
Tuta e Colorido são, segundo o MP (Ministério Público), as principais lideranças da facção criminosa atualmente.
A reportagem apurou que a nova transferência teve participação do ministro da Justiça, Anderson Torres, que, desde quando era secretário de segurança do Distrito Federal, manifestava publicamente o interesse de tirar Marcola de Brasília.
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Dados obtidos pelo Núcleo de Jornalismo Investigativo da Record TV mostram que, até o final de 2021, o presídio federal de Porto Velho mantinha 112 presos. O de Brasília, no mesmo período, com Marcola incluído, mantinha 29.
Ao todo, o Brasil tem cinco presídios federais. Além de Brasília e Porto Velho, o sistema penitenciário federal abrigava, até o fim do ano passado, 109 pessoas em Mossoró (RN), 123 em Catanduvas (PR) e 124 em Campo Grande.
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