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Idosos ucranianos vivem como refugiados em estações de metrô
Pelo menos, 200 pessoas se refugiam na estação de Syrets, a noroeste de Kiev, que funciona como abrigo antibomba
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- –INTERNACIONAL | por AFP
- 19/03/2022 – 12H08 (ATUALIZADO EM 19/03/2022 – 12H08
- AN–Portal de Notícias | NAZARÉ PAULISTA–SP / Brasil
- O Chapa Quente – Por Bp Sérgio Oliveira
- ATUALIZADO – Sáb, 189/03/2022 | 15h27
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Valentina Katkova, 77, não sabe o que a faz querer chorar mais: os problemas de saúde da idade avançada ou o fato de viver ‘enterrada’ no metrô de Kiev para escapar das bombas russas.
Assim como ela, outras 200 pessoas encontraram refúgio na estação de metrô Syrets, a noroeste da capital ucraniana. A maioria dorme em cobertores ou colchões colocados no chão, na plataforma ou nos corredores da estação.
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Katkova, vestida com um casaco lilás e um chapéu tricotado à mão, e outros de sua idade desfrutam do escasso conforto dos vagões do metrô.
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A mulher dorme em três assentos de couro azul sobre os quais estendeu um cobertor. Você não pode se deitar completamente, devido à falta de espaço. Ao lado dela está uma garrafa de água e um copo de plástico.
Seus olhos estão vermelhos de lágrimas e sua voz é interrompida pelo choro. Ela dorme lá desde 24 de fevereiro, quando o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu iniciar sua ofensiva. Sua filha, genro e dois netos passam a noite na plataforma da estação.
“Os velhos estão aqui. E os jovens estão no chão”, lamenta.
O metrô de Kiev, que tem algumas estações muito profundas, serve como abrigo improvisado para milhares de habitantes.
Os trens circulam em uma única via e os demais, imóveis, servem para dezenas de pessoas dormirem lá dentro. Nesta estação localizada a cerca de 60 metros de profundidade, querem dar uma falsa sensação de normalidade e até instalaram uma televisão.
Nina Piddubna, 71, dorme no carro ao lado e explica que as últimas três semanas não foram fáceis. No início “me senti muito mal, estava com febre”, diz essa mulher com olhos claros e olheiras profundas. A mulher chegou a desmaiar e os funcionários do metrô cuidaram dela.
Olena Gusseva, 73 anos, admite que existe uma grande solidariedade entre as pessoas que se refugiam nesta estação.
“É verdade que há umidade e podemos adoecer, mas isso não importa porque o mais importante é permanecer vivo”, diz ela.
Um soldado ucraniano corre para uma trincheira militar enquanto um caça russo voa ao lado da escola militar atingida por foguetes na última sexta-feira (18). De acordo com informações da imprensa ucraniana, ao menos 40 soldados morreram na açãoBULENT KILIC / AFP – 19.03.22
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