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São Paulo prorroga uso obrigatório de máscara até 31 de março
Governo recomenda redução de 30% da capacidade de ocupação em eventos, esportes e shows. Comércio segue sem restrições
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- SÃO PAULO | Fabíola Perez, do R7
- 12/01/2022 – 13H09 (ATUALIZADO EM 12/01/2022 – 14H56)
-Portal de Notícias | Nazaré Paulista–SP
⦁ O chapa quente – Por Editor: Bp Sérgio Oliveira
⦁ Qui, 11 de jan, 2022 | 09h05
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acatou a recomendação do Comitê Científico contra a Covid-19, nesta quarta-feira (12), e prorrogou o uso obrigatório da máscara de proteção contra o coronavírus até o dia 31 de março. A medida foi adotada para conter a alta do número de casos da doença, principalmente em razão da elevada taxa de transmissibilidade da variante Ômicron.
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O governo também recomendou uma restrição de 30% em eventos, shows e eventos esportivos de todo o estado para conter o aumento de casos de Covid-19. “Após a constatação de alta elevação de casos de coronavírus em São Paulo, o governo recomenda que organizadores de eventos públicos musicais e esportivos evitem aglomerações”, disse Doria.
Segundo o órgão, nas últimas duas semanas houve um aumento de 58% no número de pessoas internadas em leitos de UTI por Covid-19. Nas enfermarias, o crescimento foi superior a 100%, conforme divulgou Gabbardo. “O número de pessoas que se infectam é muito elevado, e o número de internações também.”
“Falamos em eventos que causem aglomerações públicos e privados. É uma recomendação [e não determinação] porque os municípios enfrentam realidades diferentes e devem legislar de acordo com suas necessidades. Nós passamos uma régua e eles agem de acordo com suas necessidades. As recomendações têm que ser proporcionais à realidade que estamos vivendo, e não são definitivas.”
Gabbardo disse que se enfrenta uma “pandemia” de não vacinados. “Estamos falando de crianças que não foram vacinadas e adultos que por uma razão ou outra não foram vacinados é que são responsáveis por esse aumento que vislumbramos no número de internações e de casos”, afirmou o coordenador do Comitê.
“Muita gente diz que não adianta vacinar porque transmite, a gente reforça que mesmo vacinado é possível que haja trasmissão, mas um número muito menor do que quando se considera a população vacinada.”
Preocupação das autoridades
O Comitê Científico de Combate à Covid-19 se reuniu na tarde desta terça-feira (11) para discutir recomendações anunciadas durante a coletiva de imprensa, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Em evento na cidade de Monte Aprazível, interior de São Paulo, Doria afirmou que cientistas do Comitê Científico contra a Covid haviam expressado preocupação com a disseminação do vírus. “Vamos ter, evidentemente, restrições que já foram apresentadas para eventos de aglomerações, que é diferente de comércio, serviços, indústria e agronegócio”, afirmou o governador. “Grandes aglomerações não são recomendáveis.”
Na última coletiva de imprensa, realizada na quarta-feira (5), o comitê declarou ser contra a realização do Carnaval de rua em São Paulo. O evento acabou sendo cancelado pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), um dia depois.
Aumento de internações
O estado de São Paulo registrou um aumento de 223% na média móvel de internações novas por dia com ocupação de leitos exclusivos para pacientes de Covid-19 em um mês, segundo os boletins diários divulgados pela Fundação Seade, da Secretaria Estadual de Saúde. Em 11 de janeiro, o estado apresentou média móvel de 895 internações novas por dia, enquanto em 11 de dezembro o número era de 277.
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Em relação à taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), houve aumento de 21,4% para 37,3% no estado, na comparação entre os dados de 11 de janeiro e 10 de dezembro. Já na Grande São Paulo, o número aumentou de 25,5% para 44,5% no mesmo período.
Com o apagão de dados do Ministério da Saúde, o indicador de internações e a taxa de ocupação de UTIs são essenciais para acompanhar o avanço da pandemia em São Paulo e no país. Em 10 de dezembro, o site oficial do ministério sofreu um ataque hacker, o que comprometeu as plataformas do e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) e ConecteSUS.
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