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- –Redação Oeste 24 SET 2022 – 18:57
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- -NAZARÉ PAULISTA–SP/BR
- (ATUALIZA – sab, 24/09/2022 – 19h32)
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O país vive uma ditadura sob o comando de de Daniel Ortega, que é aliado de Lula
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O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) e o candidato do PTB à Presidência da República, Padre Kelmon, fizeram uma dobradinha neste sábado, durante o debate com os candidatos à Presidência, contra a situação instituída na Nicarágua. O país vive uma ditadura sob o comando de Daniel Ortega, que é aliado de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT.
O tema entrou no debate em pergunta feita por Bolsonaro diretamente ao Padre, que substituiu Roberto Jefferson na disputa eleitoral.
“O Ortega, o ditador, é amigo íntimo de Lula e Lula disse que não tem de se meter. O Brasil tem de fazer gestão desta crise?’, questionou Bolsonaro.
O Padre corroborou com a manifestação do presidente da República, e ainda afirmou criticou o fato de os partidos de esquerda, aliados de Lula, não realizarem críticas às perseguições que ocorrem no país.
“Somos uma nação cristã. Nós corremos o mesmo risco que corre o povo da Nicarágua. São padres que estão na cadeia, bispos que estão presos, é uma perseguição explícita. O ditador da Nicarágua é amigo do pessoal do foro de São Paulo e eu não vi em nenhum momento a esquerda brasileira criticar”, disse o Padre.
A ausência do ex-presidente da República e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate deste sábado, 24, foi fortemente criticada pelos adversários, sobretudo por Jair Bolsonaro (PL), que lembrou que foi “massacrado” em 2018 por ter faltado ao encontro. No último debate de 2018, Bolsonaro estava internado após levar uma facada.
O debate entre os candidatos à Presidência da República será realizado neste sábado pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em parceria com Estadão/Rádio Eldorado, CNN Brasil, Veja, Terra e Novabrasil FM. O evento terá início às 18h15 e se encerrará às 20h15, no horário de Brasília.
Perseguição na Nicarágua foi alvo da dobradinha
Prisões de opositores, perseguição a igrejas e à imprensa marcam a ditadura.
Pelo quarto mandato consecutivo, com eleições duvidosas, Ortega luta para controlar as manifestações, que se intensificaram nos últimos quatro anos. Recentemente, bispos e fiéis cristãos (religião dominante no país) foram presos, e até a CNN local sofreu censura por emitir críticas ao regime extremista.
Bolsonaro aproveitou o debate para reforçar a posição que defendeu na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na última semana.
“Não podemos realmente aceitar perseguições no mundo todo. Na Nicarágua está sendo uma covardia, perseguindo freiras, padres e fechando emissoras de TV. Eu reitero aqui o que eu repeti na ONU: Não daremos as costas a esses perseguidos pelo mundo’, afirmou Bolsonaro.
Desde 2018, quando os protestos se intensificaram, a Igreja Católica sofreu mais de 190 ataques no país, segundo relatório do Observatório Anticorrupção e Transparência encaminhado à Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, na sigla em inglês). No fim de agosto, o regime prendeu o bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, e outras sete pessoas — quatro sacerdotes, dois seminaristas e um funcionário da diocese.
Entre as ações do regime contra a igreja, houve o fechamento de canais de televisão católicos, a expulsão de missionários e a perseguição a padres e bispos. Cerca de 20% dos ataques envolveram assaltos, destruição de ambientes religiosos, incêndio criminoso e invasão de propriedade privada.
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debate Eleições 2022 Jair Bolsonaro presidência da República
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