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Pequim tem estreitado laços com países do Atlântico Sul por meio de visitas e exercícios militares
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-REDAÇÃO OESTE –15 JUN 2023 11:07
- PORTAL BR4875 | Sérgio Oliveira –SP/BR
- (ATUALIZA – Quinta-feira,15/06/2023 –12h02)
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Uma comitiva da Força Naval da China desembarca no Brasil nesta quinta-feira, 15. A visita faz parte de uma agenda em que os chineses tentam estabelecer parcerias com os países da América do Sul.
A Marinha brasileira irá apresentar à China um plano de estudo sobre a presença de países na região marítima. O objetivo é avaliar os impactos das potências navais no Atlântico Sul e discutir estratégias de segurança marítima e cooperação regional.
O principal receio das autoridades brasileiras é que o crescente interesse de potências globais no Atlântico Sul possa trazer riscos à segurança marítima, como um possível aumento de crimes no oceano e o vazamento de dados repassados por cabos submarinos.
Essa aproximação tem se intensificado desde a última década, quando a Marinha chinesa passou a considerar o Atlântico Sul uma área de exploração prioritária.
Pequim tem estreitado laços com países da costa ocidental da África por meio de visitas e exercícios militares. Mais recentemente, autoridades chinesas demonstraram interesse em construir uma base naval em Ushuaia, na Argentina, para consolidar sua atuação tanto no Atlântico Sul quanto no Ártico.
Visita de “cortesia”
A comitiva chinesa será comandada pelo secretário da Marinha, Yuan Huazhi. Integram ainda o grupo o vice-chefe do Estado-Maior da Marinha chinesa, contra-almirante Li Pengcheng, e o adido de Defesa da China no Brasil, general de brigada Zhang Linhong, além de outros cinco oficiais.
Os chineses serão recebidos em Brasília pelo comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e pelo chefe do Estado-Maior da Força, almirante José Augusto Cunha. O grupo ainda visitará a Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro, e encerrará o périplo em Manaus, Amazonas, onde conhecerá o Comando do 9º Distrito Naval.
Segundo a Marinha, será uma “visita de cortesia” das autoridades da Força chinesa, sem expectativa de acordos bilaterais. “A vinda da comitiva é resultado de iniciativa para a retomada de visitas a nível da Defesa, iniciada em 2019. Ocorre agora por ter sido adiada durante a pandemia”, diz a nota.
Pesca ilegal
A Marinha do Brasil vai aproveitar o encontro para fazer apelos contra a pesca ilegal na costa brasileira, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo. A intenção é pedir o apoio das autoridades chinesas para combater os ilícitos na região.
Chineses são acusados de impulsionar pesca ilegal no oceano que separa a América do Sul e a África, utilizando embarcações que saem especialmente da costa africana sem rastreio.
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