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Nos últimos quatro anos, três das legendas mais tradicionais do país perderam quase 10% dos filiados; partidos do século XXI atraem novos membros
- BRASÍLIA | Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
- 19/06/2022 – 02H08 (ATUALIZADO EM 19/06/2022 – 02H08)
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– -NAZARÉ PAULISTA–SP/BR | (ATUALIZA – (Dom, 19. jun. de 2022 – 09h53)
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Nas eleições deste ano, alguns dos partidos mais populares do país irão às urnas com menos candidatos em relação ao pleito de quatro anos atrás. Desde a última eleição geral, legendas há mais tempo registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tiveram uma queda significativa no número de filiados. Na contramão dos mais antigos, siglas com menos de 20 anos de existência deram um salto e conseguiram engajar mais pessoas para a política do que os grandes diretórios.
Fundados em 1981, MDB, PTB e PDT — os partidos mais velhos do Brasil —, viram juntos quase 480 mil dos seus membros trocarem de legenda nos últimos quatro anos. O MDB foi o que teve o pior resultado entre os três, tendo se despedido de 263.297 filiados. Hoje, ainda é a maior agremiação política do país, com 2.131.875 integrantes, mas tem 11% a menos em comparação a 2018.
Atualmente, o PTB tem um quadro de 1.079.611 filiados. Em relação há quatro anos, houve uma baixa de 112.473 pessoas, queda de 9,4%. Já o PDT, que conta com 1.152.970 políticos, diminuiu 8,3% nesse intervalo, quando 104.217 membros deixaram o partido.
Partidos que mais diminuíram e cresceram em relação a 2018
ARTE/R7
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Outros 11 partidos que surgiram para a vida política antes do século 21 registraram prejuízo. O PP, que nasceu em 1995, foi um dos principais afetados. Na comparação com 2018, a sigla perdeu 117.333 integrantes. Ainda tem 1.327.351 membros, mas 8,1% a menos do que há quatro anos.
Quem também perdeu bastante nesse período foi o PSDB, fundado em 1989. O partido diminuiu 7,4%, dando adeus a 108.126 tucanos. De todo modo, a legenda permanece como uma das maiores do país, com um quadro de 1.353.238 políticos.
Apenas seis siglas que existem desde antes dos anos 2000 conseguiram resultados positivos nos últimos quatro anos. O grande destaque é o Podemos, que teve a maior alta entre os 32 partidos registrados no TSE. De 2018 para cá, a legenda avançou de forma bastante expressiva, ganhando 243.004 novos filiados. No momento, a agremiação tem 410.081 membros, 145,4% a mais que há quatro anos.
Também cresceram nesse intervalo o PT (ganhou 42.036 filiados), o Avante (ganhou 33.633 filiados), o PCdoB (ganhou 11.689 filiados), o PRTB (ganhou 8.381 filiados) e o PCO (ganhou 1.251 filiados).
Novatos explodem
Por mais que estejam a menos tempo no cenário político, a maioria dos partidos do país com menos de 20 anos de funcionamento cresceu de forma considerável em relação a 2018.
O principal exemplo é o Republicanos, que surgiu em 2005. Na comparação com a última eleição geral, o partido atraiu 101.253 novos membros — ao lado do Podemos, foi a única sigla partidária com mais de 100 mil filiações no intervalo. Atualmente, o Republicanos tem 498.103 integrantes.
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Em números proporcionais, quem mais cresceu foi o Novo, que também nasceu em 2015. Na comparação com 2018, o partido aumentou 62,8%. Desde aquele ano, ganhou 11.942 filiados, e hoje conta com 30.964 representantes.
PSD e PSol também se destacaram. O primeiro filiou 80.992 pessoas nos últimos quatro anos, enquanto o segundo conquistou 73.050 novos integrantes. No momento, eles contam, respectivamente, com 407.453 e 223.036 membros.
As informações sobre a quantidade de filiados aos partidos políticos que serviram de base para o levantamento do R7 foram fornecidas pelo TSE e se referem aos meses de abril deste ano e de 2018. O mês foi escolhido porque, segundo a legislação eleitoral, os candidatos só podem participar das eleições caso tenham a filiação deferida pelo partido seis meses antes do pleito.
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