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Polícia Federal avança em investigação sobre fraude de R$ 19 milhões no auxílio emergencial
Segundo a investigação, o dinheiro era usado por agiotas para abrir empresas e comprar imóveis de alto padrão e carros de luxo
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- BRASÍLIA | Hellen Leite, do R7, em Brasília
- 20/04/2022 – 07H32 (ATUALIZADO EM 20/04/2022 – 09H44)
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- ATUALIZA – Quarta-feira, 20/04/2022 | 10h56
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A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quarta-feira (20) a segunda fase da Operação Thesaurus, contra desvios milionários no auxílio emergencial. Segundo a PF, essa é a maior fraude que envolve o benefício já registrada no país. Ao todo, são cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em Belém (PA) e Natal (RN).
A primeira fase da operação, deflagrada em setembro de 2021, prendeu preventivamente a dona de uma lotérica em Ananindeua (PA) por suspeita de desvios de mais de R$ 19 milhões que seriam usados para o pagamento do auxílio emergencial. O dinheiro equivale ao pagamento de 30 mil cotas do benefício.
Leia também: Auxílio emergencial teve R$ 808,9 milhões pagos de forma irregular
Com o aprofundamento das investigações, a polícia descobriu que o dinheiro era lavado em Belém (PA), Natal (RN) e São Paulo (SP) por agiotas e empresas-fantasmas para a compra de veículos e imóveis de alto padrão, geralmente usando laranjas ou testas de ferro.
Desvio milionário
Segundo a PF, no período de abril a julho de 2020, a agência lotérica solicitou à Caixa Econômica Federal mais de R$ 19 milhões para pagamento do auxílio emergencial, mas nunca prestou contas do valor recebido. A dona do estabelecimento foi presa em setembro, e na oportunidade foram apreendidos três carros de luxo, fruto da lavagem de dinheiro.
No fim do ano passado, dois irmãos da investigada devolveram R$ 2,2 milhões ao Estado, metade desse valor em espécie e a outra metade por transferência bancária. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados até o limite de R$ 16,6 milhões, além do sequestro de 23 imóveis.
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Entre apreensões, devolução de valores e bens sequestrados, estima-se que tenham sido recuperados cerca de R$ 12,4 milhões. Os envolvidos são investigados pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de capital. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária no Estado do Pará.
O nome da operação significa tesouro em latim e faz alusão à expressiva quantia apropriada, suficiente para o pagamento de mais de 30 mil cotas do auxílio emergencial.
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