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O que esperar das eleições para presidente da França no domingo
Emmanuel Macron lidera as pesquisas, mas não abre larga vantagem sobre Marine Le Pen, candidata de centro-direita
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- INTERNACIONAL | Lucas Ferreira, do R7
- 07/04/2022 – 02H00 (ATUALIZADO EM 07/04/2022 – 08H58)
–Portal de Notícias | NAZARÉ PAULISTA–SP / Brasil
- O Chapa Quente – Por Bp Sérgio Oliveira
- ATUALIZADO – Qui, 07/04/2022 | 13h16

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A França realizará no próximo domingo (10) o primeiro turno das eleições presidenciais do país. O atual chefe da nação, Emmanuel Macron, concorre ao segundo mandato e lidera as pesquisas, mas é seguido de perto pela candidata de centro-direita Marine Le Pen.
Segundo o professor de Relações Internacionais da Facamp (Faculdades de Campinas) James Onnig, tanto Macron quanto Le Pen desagradam a uma parte importante do eleitorado francês, mas mesmo assim caminharão com tranquilidade para o segundo turno.
“O que nós estamos vendo na França hoje é uma polarização entre Macron, que é um centrista, e Le Pan, que é uma candidata de direita, mas não mais aquela direita raivosa, ela fez uma mudança no seu marketing político”, explica Onnig ao R7.
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Le Pen era vista anteriormente como uma candidata de extrema direita, muito pelo histórico de Jean-Marie Le Pen, que chegou a defender ideias racistas e xenofóbicas, levando a filha a fugir desse tipo de discurso.
Segundo o jornal Le Parisien, Macron lidera as pesquias de intenções de voto com 27% do eleitorado francês. Em seguida aparece Le Pen, com 22%. Os dois estão tecnicamente empatados, já que a margem de erro da pesquisa é de 2,6% para mais ou para menos.
Candidatos que correm por fora
Amplo favoritismo de Macron e Le Pen diminui esperança de concorrentes
AFP
Ainda de acordo com o Le Parisien, Jean-Luc Mélenchon está em terceiro lugar, com 17% dos votos e tecnicamente empatado com Le Pen. O candidato representa a esquerda francesa, enfraquecida e fragmentada ao longo dos anos.
“Mélenchon é um esquerdista que tenta reagrupar os socialistas, que há muito tempo não conseguem emplacar governos na França e precisaram estabelecer uma pauta bem mais realista nos últimos meses para poder angariar votos daqueles que ficaram descontentes com o governo Macron, que acabou prejudicando muita gente, em especial trabalhadores”, explica Onnig.
Em quarto lugar nas pesquisas aparece Éric Zemmour, candidato do partido Reconquête. O professor da Facamp classificou Zemmour como contraditório, já que o descendente de argelinos é contra imigrantes.
“Éric Zemmour é um candidato com visões xenófobas, de extrema direita. Ele tem uma contradição estranha para se entender: é judeu de origem argelina, mas fala contra imigrantes, em especial muçulmanos. Isso acabou gerando muita discussão na França. Ele atrai um eleitorado extremamente conservador.”
Valérie Pécresse, do partido Les Républicains, fecha a lista dos cinco candidatos mais citados pelos eleitores do Le Parisien. A pesquisa ouviu 1.963 pessoas com 18 anos ou mais.
Macron e a guerra na Ucrânia
Governo francês divulgou foto de Emmanuel Macron após negociações sobre guerra na Ucrânia
SOAZIG DE LA MOISSONNIÈRE/PRESIDÊNCIA DA FRANÇA
O presidente francês se colocou como uma das principais autoridades mundiais a tentar conciliar o conflito político entre Rússia e Ucrânia, antes das tensões entre os países se tornarem uma guerra.
Após a invasão russa, Macron continuou conversando com Vladimir Putin e Volodmir Zelenski para alcançar um acordo de cessar-fogo entre as partes. O professor da Facamp acredita que esse movimento do francês o tornou mais popular, o que pode angariar votos no pleito deste domingo.
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“Macron tem se apresentado como um interlocutor sereno, preocupado, propositivo de toda a crise que vem acontecendo. Me parece que ele vai ocupar o espaço da Merkel, que era uma interlocutora privilegiada do Putin. Isso tem feito sua campanha se engrandecer, então acredito, sim, que isso pode se reverter em alguns votos”, conclui Onnig.
Além de escolherem o presidente, os franceses elegerão deputados e senadores. Em caso de segundo turno, os eleitores voltarão às urnas em duas semanas, em 24 de abril.
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