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Paraplégica devido ao massacre de Realengo, estudante quebra perna em queda de cadeira de rodas
Família da vítima alega que cadeira em péssimo estado de conservação provocou o acidente. Jovem foi baleada durante atentado a escola em 2011
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- RIO DE JANEIRO | Robson Machado, especial para o R7
- 10/02/2022 – 06H39 (ATUALIZADO EM 10/02/2022 – 10H50)
- AN–Portal de Notícias | NAZARÉ PAULISTA–SP
- O Chapa Quente – Por Editor: Bp Sérgio Oliveira
- ATUALIZADO – Qui, 10 de fev, 2022 | 21h43
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Três tiros e toda uma vida futura confinada numa cadeira de rodas. Esse foi o saldo para Thayane Tavares de um atentado ocorrido em 2011 na Escola Municipal Tasso da Silveira. Para piorar o sofrimento da jovem, hoje com 23 anos, um acidente sofrido nesta quarta-feira (9) vai tornar sua rotina ainda mais dolorosa.
Em abril de 2011, um homem armado invadiu a referida escola, localizada em Realengo, zona oeste do Rio, e efetuou diversos disparos. Doze alunos morreram e outros 12 ficaram feridos. O atirador, de 23 anos, que era ex-aluno da escola, acabou morto por um policial militar ainda dentro da unidade de ensino.
Entre as vítimas da tragédia, que ficou conhecida como massacre de Realengo, está Thayane Tavares. A estudante, à época com 13 anos, foi atingida por três disparos e ficou paraplégica.
Nesta quarta-feira, Thayane saía da casa onde mora, em Realengo, para ir a mais uma das intermináveis sessões de fisioterapia às quais ainda precisa se submeter. Usando a cadeira de rodas que necessita para se locomover, a jovem se dirigia ao táxi que a levaria ao local da fisioterapia, mas acabou caindo do equipamento de apoio. Ela foi socorrida no Hospital Albert Schweitzer, também em Realengo. Na unidade médica, a vítima recebeu o diagnóstico de fratura em uma das pernas. De acordo com a família, Thayane vai ter que ser operada.
Para Andreia Tavares, mãe de Thayane, a queda que causou a fratura em uma das pernas da filha paraplégica tem uma única explicação: o péssimo estado de conservação da cadeira de rodas. “Há meses eu venho pedindo à Prefeitura [do Rio de Janeiro] para trocar a cadeira dela ou para fazer uma manutenção. Trocar roda, freio… Tudo isso. Mas a gente não tem resposta. E, aí, deu nisso. É uma responsabilidade deles. É o que eles deveriam ter feito, e precisou agora ela cair e quebrar a perna para, de repente, eles fazerem alguma coisa”, disse.
Andreia Tavares alega que, pelo fato de a filha ter sido vítima de um atentado ocorrido dentro de uma escola pública, cabem à própria Prefeitura do Rio as ações para minimizar o sofrimento da jovem. “Eu tenho o registro de todas as minhas conversas com a prefeitura. Tenho muitas perguntas ainda sem respostas. Precisou minha filha cair de uma cadeira toda ruim, para que alguma coisa venha a ser feita”, desabafa.
Sem carro para o transporte
Thayne Tavares precisa ser submetida a sessões de fisioterapia três vezes por semana. Apesar do drama que enfrenta há dez anos, a jovem tenta seguir com a vida. Thayane cursa a faculdade de direito e pratica paracanoagem. A Prefeitura do Rio disponibilizava um carro para que a estudante pudesse ser transportada até os compromissos dela. “Tiraram o carro. Agora estou na briga pelo carro e por uma cadeira”, afirma a mãe da jovem. Atualmente, ainda segundo Andreia Tavares, a prefeitura disponibiliza um táxi apenas para que a filha seja transportada até o local das sessões de fisioterapia.
Deitada em uma maca do Hospital Albert Schweitzer, Thayane, com a fratura em uma das pernas, diz que sente dor.
A resposta da Prefeitura do Rio
Sobre os problemas enfrentados por Thayane, a Prefeitura do Rio enviou a nota abaixo.
“Thayane Tavares recebe todos os cuidados de saúde ofertados pelo Sistema Único de Saúde para pacientes que necessitam de cuidados especiais, que lhe dão direito a transporte sanitário para os serviços médicos e fisioterápicos (por meio do sistema Táxi Rio), fornecimento de medicamentos e insumos. Não há previsão legal para o fornecimento de transporte para outros objetivos.
O fornecimento de nova cadeira de rodas pelo SUS é feito quando não há condições de conserto do equipamento do paciente. A substituição das rodas danificadas por outras de titânio foi oferecida formalmente à família de Thayne, que recusou, exigindo uma cadeira não especificada pelo SUS.
A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição para o conserto imediato da cadeira de rodas, conforme oferta feita anteriormente, e para prestar qualquer esclarecimento sobre a assistência de saúde para Thayane ou para qualquer outro paciente que necessite de cuidados especiais pelo SUS.”
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